sexta-feira, 11 de julho de 2008

Reflexo humano

De essência cativante
Contornos delirantes
Sorriso aberto
Desejo desperto

Tem nas mãos o despeito
No peito, injúria.
Nos lábios veneno

Trás na mente a resposta
De quem a si, não vê.
E na carcaça harmoniosa
Bela essência decomposta
Em fragmentos de não ser.

Triste é ver tal formosura
Cobiçar no próximo destroços
Quando mesmo em seus caroços
Tem valor descomunal.

Cegando-se ao seu reflexo
Cegando-se ao seu brilho
Tendo na cegueira martírio
Na inveja amor fatal

4 comentários:

Carolina Muait disse...

"E na carcaça harmoniosa
Bela essência decomposta
Em fragmentos de não ser."

MUITO bom.

Aline Ramos disse...

Obrigado nêga...
me senti Augusto dos Anjos escrevendo isso (gostei muito tb)
Refletiu do fundo do peito

Unknown disse...

Continue não pare.ADOREI

Unknown disse...

Continue não pare.ADOREI