domingo, 13 de julho de 2008

Fantoche

O corpo começa em cordas,
Amarrados de barbante
Presas em madeira,
Em corpo dominante.

Os braços se movem a contragosto
Envolvem um pescoço.
As pernas, pobre delas,
Já não caminham paralelas

O ocular guiado a um lado
O olhar querendo o oposto
O sorriso demente
Se abre entre dentes
Sem ter face ou rosto

A que se liga, ó músculo cardíaco
Se não as cordas que o guiam?
Diante a teu posto descrente
Valeria lembrar brevemente
Que por baixo das cordas de domínio
Ainda existe ser vivente?

3 comentários:

luna disse...

é assim que tudo parece começar. deja vu bizarro. ótimo, adorei =)

Miojiinha disse...

nossa...lindo...ameii..

nos faz pensar bastante..ameii msm...sem palavras

Aline Ramos disse...

Obrigado gente