Musica aos ouvidos
é o teu suspiro doce
O amargo dos teus beijos
também é doce...
Tens tênue perfume
de olfato acre
Sua voz melodia
seu encanto, pranto.
Feroz em seu peito
onde triste me deito,
não tenho acalento.
Beleza mesmo é te ver sorrir
não pra mim...
Te ver crescer
não comigo...
E te perder
sem nunca ter tido.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta. - Fernando Pessoa
Parte de mim ama
a outra parte ainda mais.
Pode-se dizer que chora
não apenas parte...
Parte de mim diz agora
Me fiz rios de lágrimas
Me fiz poços de decepção
Mas o amor, ah o amor...
Quis morrer a todo instante
Quis sofrer, pedir perdão
Quis sumir de meu íntimo
E então...
Amei e amo
Chorei e o faço
e fiquei,
por que jamais... é fugir.
Portanto fico, e reconstruo...
a outra parte ainda mais.
Pode-se dizer que chora
não apenas parte...
Parte de mim diz agora
Me fiz rios de lágrimas
Me fiz poços de decepção
Mas o amor, ah o amor...
Quis morrer a todo instante
Quis sofrer, pedir perdão
Quis sumir de meu íntimo
E então...
Amei e amo
Chorei e o faço
e fiquei,
por que jamais... é fugir.
Portanto fico, e reconstruo...
Augusto dos anjos em mim...
No ardor do sonho que o fronema exalta
Construí de orgulho ênea pirâmide alta...
Hoje, porém, que se desmoronou
A pirâmide real do meu orgulho,
Hoje que arenas sou matéria e entulho
Tenho consciência de que nada sou!
---***---
Tenho estremecimentos indecisos
E sinto, haurindo o tépido ar sereno,
O mesmo assombro que sentiu Parfeno
Quando arrancou os olhos de Dionisos!
---***---
Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, atenta a orelha cauta,
Como Mársias - o inventor da flauta -
Vou inventar também outro instrumento!
Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo
Ambiciono, que o idioma em que te eu falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo!
---***---
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Construí de orgulho ênea pirâmide alta...
Hoje, porém, que se desmoronou
A pirâmide real do meu orgulho,
Hoje que arenas sou matéria e entulho
Tenho consciência de que nada sou!
---***---
Tenho estremecimentos indecisos
E sinto, haurindo o tépido ar sereno,
O mesmo assombro que sentiu Parfeno
Quando arrancou os olhos de Dionisos!
---***---
Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, atenta a orelha cauta,
Como Mársias - o inventor da flauta -
Vou inventar também outro instrumento!
Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo
Ambiciono, que o idioma em que te eu falo
Possam todas as línguas decliná-lo
Possam todos os homens compreendê-lo!
---***---
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Logo paro e penso
e me doi o peito
e me sufoca a alma
e me consome em leito
Esperança fala pouco
receio, bem mais alto.
Um fato, um ato, um pouco
sem o qual, nenhum outro
causaria tal conceito.
Tem cura a dor do arrependimento
quando sua propria consciencia te condena?
O perdão é algo inestimável
da dinidade de quem o concede.
Mais fácil é perdoar quem apunhala,
do que a consciencia de quem fere!
e me doi o peito
e me sufoca a alma
e me consome em leito
Esperança fala pouco
receio, bem mais alto.
Um fato, um ato, um pouco
sem o qual, nenhum outro
causaria tal conceito.
Tem cura a dor do arrependimento
quando sua propria consciencia te condena?
O perdão é algo inestimável
da dinidade de quem o concede.
Mais fácil é perdoar quem apunhala,
do que a consciencia de quem fere!
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