quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Eu sufoco em poesia
e não sinto meu corpo.
toda a vida, em suor e esbravejo
eu sinto, não vejo,
não fui, almejo.

Me falta o ar e sai prosa
um verso, uma trova
Desmaio em sentimento
e desfaleço...

Acordo em sonhos
viajo, retorno
vou e não volto.

Ao ressuscitar,
não sou diferente
não sou lua nem sol poente
Sou pouco pó,
cimento e tijolo... um bolo

E me bato, me amasso
me viro em pedaços
e me descubro
IMENSAMENTE SABOROSO!!!

Que venham as mudanças!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Culpa, odio, ensejo
um lampejo de furia
incontrolavel desejo.

Calor impedido no ato
um fato, um auto-retrato.
Retratando mentiras sentidas
contra verdades vistas.

E sentiu...
Longos e incansaveis beijos
sem sequer beijar
o extase e o suor do cansaço
sem amar...
sem culpa, sem furia, com desejo
tudo ao intermedio do olhar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pacifico oceano de medos
pedra preciosa, erva daninha
vida, morte, esperança
dor, sorte ou lembrança

És para mim o que é
sendo, ou ate sem querer ser
se entregando, negando
medindo, chorando

Dada a dádiva de um dia ter sentido
tal murmúrio de afeto em meus ouvidos
tornou-se doce ternura, forte lamúria
tênue desejo, intensa cura.

No que sinto o toque
me engano...

No tato, a matéria
na alma, oceano.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O som mudo de seus beijos
Falam mais que qualquer som
Quanto sinto o desejo
O tato, o frisson.

São palavras doces, delicadas
Insinuantes, ousadas
Tentadoras, promiscuas
Ininterruptas.

Um movimento rijo, continuo
Onde os únicos sabores
são tentações, tremores
Magoas e o sal das tuas lagrimas.

Palavras mudas, lindas, úmidas
Renascidas...
Sentidas, não ditas.