segunda-feira, 1 de junho de 2009

Em pensar no que não fiz
e do que fiz lembrar
e meu olho sonhar
e meu sonho crescer
e crescer sem sorrir
e sorrir por amar
e pensar em sofrer
me torno um forte, um monte, um vale
sem solidez ao centro,
com uma excência abstrada
que menos vale ser rei.

Eu me alimento de idéias,
onde o sorrir, o querer e o sonho
são partículas de sentimento
que da alma é acalento.

Mas centelhas de pensamentos
sentidos, fracos, inspiradores
me tornam capaz de ser luz
de ser mar, maré
atordoadores em uma revolução de idéias

Fagulhas de esperança calam meu peito
porque choro, logo sinto
porque calo, e sinto
porque vejo,
e não falo
mas penso...
e vivo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um sangue quente que incendeia a pureza
Um calor que corrompe....

Olhos que já não enxergam.
Mãos que já não sentem...

Tampo então os ouvidos.
e finjo ouvir os anjos
cantando em minha mente.


lá rá rá

Ardor

Despida de vontade
Despida de desejo
sou movida a paixões, desnorteadas sensações
Mesmo envolvida com tudo o que desejo.

Mas qual o meu desejo?

Meu vazio é sem razão.

Preciso amar, e sofrer
Preciso sorrir e chorar
sou movida pela paixão, eis meu combustível.
Antes alcançar o fundo do poço
do que viver em um constante.

Deixe-me chorar
ao menos compenso em alegrias absurdas

Deixe-me cair, eu sei me levantar
Antes o conflito de amar,
do que a passividade de uma vida segura.

domingo, 3 de maio de 2009

Hipnose

Dependências de amores
Escrupulosos e excessivos
mantidos em confidência.

Você é minha flor.
Diria eu que te desejo
através de máscaras.

Diria eu que visualizo
amores lúdicos.

Diria então que busco.
Busco enquanto os ventos
espalham as folhas de outono
despejadas no chão úmido.

Encontro então,
seu perfume característico.
Não o vejo, mas sinto
É o que me desperta.
É o que te distingue quando
me encontro narcotizado
pelo brilho dos olhos
de uma determinada flor.

terça-feira, 28 de abril de 2009

círculo

Sequer um minuto pensei que seria capaz de amar
Sinto-me como no fundo de uma cacimba
gritando sem ninguém me ouvir.
E na penúria de minha vida fui tomada
por um amor em demasia

O triste é pensar que é ilusão
o que nos faz achar únicos e insubstituíveis
e achar o mesmo dos amores

quando outros se substituíram.

Na verdade pensei...

E de pensar que um dia amei tanto
e com tal zelo,
e assim como o tal morri,
e quando vivi,
Amei com tal força em um instante.

Enquanto o amor renascia, a vida se transformava.

Com o tempo se descobre que sim,
o amor é "infinito enquanto dura".

Faz-se possível amar tantas vezes
e com intensidade tão forte
que se pensa ser única,
mesmo não sendo a primeira.

Aline Ramos

quarta-feira, 22 de abril de 2009

VERSOS DE APRESENTAÇÃO DE MINHA PRIMEIRA REAL PERSONAGEM!!!!

Mulher , loucura, devaneio
Poeta, cantora atriz, dançarina...artista
Interlocutora.
Sua cobiça, real vontade, Contínua tempestade
Um pintura, retrato íntimo.
Calor, aventura, segurança
O conforto do teu repouso
O agito de seu despertar

Com alma de criança, brinco de ciranda.

Única, diferente e igual.
O reflexo da segurança
refletida nas águas de um poço de lagrimas de sensibilidade.
Forte, porém mulher... gosto de ter meu protetor.
Sou quem quer ser cuidada.
Quem quer se sentir viva!

Aline Ramos (*Poesia)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Videira

Luz essencial, uma lua, um sol,
brando sal,
oliva, oliveira.

Tempero tênue, marcante
colorido abundante, doce, sutil videira.
És medida, modesta
Floresta de flores com leve aroma
Dona, segura em suas inseguranças.

Menina, mulher
postura oculta pra sorrir como criança.
Amada, flôr!
Luz no olhar que refletem verdes ó oliveira.
O sol nos cabelos, pele, pêlos...
Pequenina notável
Semente jovem, incomparável.
Minha doce lembrança
no passado criança
hoje crescida, linda
serás semente de esperança.


Aline Ramos

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tudo muda...

Dádiva divina
Assim como a neblina
O entardecer do amor.

Faz que escurece
Porém, é nebulosidade
Que quando sopra o vento
Traz o acalento
Revelando a verdade.

Semente plantada vira flor bela
Tomara não possa envelhecer.
No entanto, a casca fresca
Esconde a amargura
Que se adoça ao alvorecer.

A experiência não pôde expor
o real
a quem cresceu sem dor
Mas se a verdade sempre durar
Teremos a prova do sabor cultivado
Que em águas mornas
Deixou-se apurar.

terça-feira, 10 de março de 2009

Às mulheres

De dor em cor
Na lua, na rua
Na chuva ou na soleira
Não há desejo, mulher,
Que a ti não queira

Tendo verdade como verdade
Como consolo a solidão

Por que não temes, mulher
Seu peito destroçar
E de humildade à loucura
E de insistência, ternura
E de paixão, ilusão
Tornar e tornar amar

Que não queira...
Que não sua essência não se perca.

O que dizer de ti?
Que é eterno pomar.

Representatividade constante,
Da incapacidade
De não mais sonhar.

Feita num momento de paz

Ao propósito me entreguei
Sem temor e sem paixão
Ou força, ou ilusão
Em que inércia você pulsa ó coração.


Entre flores, clamores
Entre luz e energia
Ele reluz, oscila
Conta tristeza, conta alegria.

Palmas ao que pude
Vaias ao que não fiz
E no que posso...
Nem sequer feixe de consideração

Entre um sim
Entre um não...

A que propósito me entregar se não?
Ao desanimo, ao pó, ao fundo

Sem temer
Sem que relute,
Com o frio que não nego.

Numa redoma te ofereço
A cobiça, num amor incrédulo.