Um único toque
Mistura-se a culpa e ao desejo
Torna-se evidente o medo nos olhos
Alheio a ternura de olhar.
Teu amor inocente
Desperta o receio
Que tanto vem culpar…
Misturam-se, envolvem-se
Dentre braços, pernas, abraços.
As mãos sentem o toque
O toque, o toque
Seios nus expostos ao relento
Frios, irrigecidos
Sentido macio ao contato dos lábios.
O íntimo úmido, intacto
Submetidos ao doce olfato
Me prova teu desejo.
Perfume arrebatador
Meu suor, seu calor.
Todo corpo aquece
Diante do delírio a que se submete.
À rigidez de um único toque.
O medo se esvai
O receio, a culpa
No entanto, no presente
Entrelaçam-se almas…
E eu, malandro incoerente
Me descubro feliz
E ainda mais inocente.
Seu beijo é meu anseio
Seu sorrir, seu viver, seu andar…
Tudo percebido nun gesto
Tudo ao intermedio
De apenas tocar.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Íntimo
Talvez tenha sal, sol, chuva e tinta
São quentes, molhados
Salgam os lábios
Mancham a face
Talvez venha do peito
Do leito, íntimo despeito
Desfacela, dói, destroi…
Sabe-se que também vem do canto.
Surgiria essa nas satisfatórias
Contações involuntárias
Dos músculos faciais?
Emocionam e são emoção
Tem martírio insignificante
Prazer abundante
É tão pouco, tão simples
Tão tanto…
Sem razão é muito
Sem orgulho é dádiva
Assim és o pranto, encanto
… Lágrima
São quentes, molhados
Salgam os lábios
Mancham a face
Talvez venha do peito
Do leito, íntimo despeito
Desfacela, dói, destroi…
Sabe-se que também vem do canto.
Surgiria essa nas satisfatórias
Contações involuntárias
Dos músculos faciais?
Emocionam e são emoção
Tem martírio insignificante
Prazer abundante
É tão pouco, tão simples
Tão tanto…
Sem razão é muito
Sem orgulho é dádiva
Assim és o pranto, encanto
… Lágrima
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Passam na cabeça
Tempo passado
Absurdo pretérito.
Vida não vivida
Perdido mérito
Frases calmas,
Quente abraço
Lembrando calado.
Presente vivente
Murmúrio sufocado.
Doçura insegura
Afastam-te
Renegam-te
E reaparece
Instante inoportuno
De consolo encontrado
No peito alívio
De um pesar conformado
Livraria-me assim de um passado infeliz?
Pois não, nem mesmo vivi.
Talvez, livrar-me de um possível feliz
nem que por um segundo
Engano.
Tens o dom de confundir
A lembrança iludidamente tranquilizada.
O mal, é que teu dom é exclusivo de meu pensar
Sem hipocrisia…
Não sei fingir não gostar.
Tempo passado
Absurdo pretérito.
Vida não vivida
Perdido mérito
Frases calmas,
Quente abraço
Lembrando calado.
Presente vivente
Murmúrio sufocado.
Doçura insegura
Afastam-te
Renegam-te
E reaparece
Instante inoportuno
De consolo encontrado
No peito alívio
De um pesar conformado
Livraria-me assim de um passado infeliz?
Pois não, nem mesmo vivi.
Talvez, livrar-me de um possível feliz
nem que por um segundo
Engano.
Tens o dom de confundir
A lembrança iludidamente tranquilizada.
O mal, é que teu dom é exclusivo de meu pensar
Sem hipocrisia…
Não sei fingir não gostar.
sábado, 6 de setembro de 2008
Me lembro de um futuro
onde o passado é inconstante
Onde o abismo que antecede
a ternura que me impede
eu apago em um instante.
O vento que espalha terra
é o tempo que apaga a lembrança
É ferida que cicatriza
e me renova a esperança.
Como da vida não ha real partida
a transformo em real conto
Fazendo da ilusão conforto
Um tracejo a passo torto
E do tropeço, um novo ponto.
onde o passado é inconstante
Onde o abismo que antecede
a ternura que me impede
eu apago em um instante.
O vento que espalha terra
é o tempo que apaga a lembrança
É ferida que cicatriza
e me renova a esperança.
Como da vida não ha real partida
a transformo em real conto
Fazendo da ilusão conforto
Um tracejo a passo torto
E do tropeço, um novo ponto.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Quanto mais procuro
menos encontro
Quanto mais descubro
mais quero esquecer
Lembrar-me-ei apenas
da lembrança de um viver
que hoje é vago.
Tanto descobriu o homem
que construiu caos e desordem.
Fez da evolução perigo,
Cresceu de forma equivocada.
Eu, de saber que o saber revela a verdade,
na hipocrisia de fechar meus olhos
finjo querer mudar.
Vivo feliz e calmo sem voltar atrás
De forma falsamente feliz
Absorto na paz que a ignorância nos trás.
menos encontro
Quanto mais descubro
mais quero esquecer
Lembrar-me-ei apenas
da lembrança de um viver
que hoje é vago.
Tanto descobriu o homem
que construiu caos e desordem.
Fez da evolução perigo,
Cresceu de forma equivocada.
Eu, de saber que o saber revela a verdade,
na hipocrisia de fechar meus olhos
finjo querer mudar.
Vivo feliz e calmo sem voltar atrás
De forma falsamente feliz
Absorto na paz que a ignorância nos trás.
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