Um único toque
Mistura-se a culpa e ao desejo
Torna-se evidente o medo nos olhos
Alheio a ternura de olhar.
Teu amor inocente
Desperta o receio
Que tanto vem culpar…
Misturam-se, envolvem-se
Dentre braços, pernas, abraços.
As mãos sentem o toque
O toque, o toque
Seios nus expostos ao relento
Frios, irrigecidos
Sentido macio ao contato dos lábios.
O íntimo úmido, intacto
Submetidos ao doce olfato
Me prova teu desejo.
Perfume arrebatador
Meu suor, seu calor.
Todo corpo aquece
Diante do delírio a que se submete.
À rigidez de um único toque.
O medo se esvai
O receio, a culpa
No entanto, no presente
Entrelaçam-se almas…
E eu, malandro incoerente
Me descubro feliz
E ainda mais inocente.
Seu beijo é meu anseio
Seu sorrir, seu viver, seu andar…
Tudo percebido nun gesto
Tudo ao intermedio
De apenas tocar.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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2 comentários:
Topei encarar o desafio de escrever sobre um poema tão significativo e bem escrito. O que tenho a dizer é simples: Quando achei que estava atingindo a maturidade e já tinha visto muita coisa, aparece uma "menina" com suas palavras e faz meu mundo virar de cabeça p/ baixo. Valeu "menina"!!! Beijos, Paulo (andradepaulo@uol.com.br)
hahaha Muito obrigado pelo comentário meu amigo!!! Mas talvez essa minha maturidade possa estar apenas nas palavras!!!!
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