domingo, 4 de julho de 2010

Explodam palavras!
Sejam cuspidas, arremessadas.
Não se engasguem, gritem!
Que mal há?
Sejam apenas o que são.

Assim são, assim serão.

Saiam do peito e materializem-se,
Assim, sopradas, ouvidas, talvez compreendidas...
E serão!
Que mal há?

Morrerão como pensamentos?
Sentidos? Dores? Dúvidas?

Se assim forem, sejam apenas isso, o que são!

E então, não serão palavras, ou sentidos, ou dores ou duvidas.
Serão apenas verdades...
Era tão linda...

A música
O vento, a cor... E seus olhos!

Queria correr, sentir.
Vendo a saia rodando no vento,
No tempo sentido me sento,
Ouço e calo...
Como não calar deveras?

Como não calar ao luar, ao som, à música...
A musica...
E seus olhos fecharam!

Me calei, sem sequer haver música;
Ou encanto...
Era o grito contido do pranto
Que urrava de dentro do seio.

No seio...
E este,
Já não estava ali pra me aquecer!
De que lado ficam os montes?
Eles são belos?
Eu quero vê-los
Deixa-me ver...

Pode ser que eu não acredite
Que eu não saiba
Que eu não entenda...
Mostra-me!

Se você não quer mostrar,
Por que me diz que existem?
Por que me cativa em palavras?
Eu não queria saber... Quero ver!

Se realmente existem,
Quero cheirar, imaginar.
Quero sentir, sonhar.
Estando perto, querer,
E quando ver, acreditar!
É tão simples olhar...

E amar, amar também é simplório!